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Criadores da Vila Azul - Rita Jorge

Rúbrica inspirada na homónima da AZUL - Ericeira Mag








Nome: Ana Rita da Silva Jorge Data de nascimento: 07/03/1997 Profissão atual: Estudante de Psicologia Residência: Ericeira Instrumento: Percussão

Qual o instrumento que toca?


"Toco percussão, guitarra e bandolim."

Com que idade a música entrou na sua vida e como?


"Para ser correta, desde sempre, porque o meu pai (João Jorge) é músico - tocou na FCE trompete e teclado em vários grupos. Portanto, sempre tive a música por perto. Mas foi pelos 5 anos, com a primeira bateria lá em casa, que comecei a dar os primeiros «toques». "



Como começou o seu percurso na Banda Filarmónica da Ericeira e com quantos anos?


"Em 2003, cheguei a ter aulas na Banda Filarmónica da Ericeira, mas eu tinha demasiada energia para o solfejo, então saí. Só uns bons anos mais tarde, em 2011 (com 14 anos) é que decidi entrar na Banda Filarmónica da Ericeira, e fiquei até hoje."



Conte um pouco da sua história na música/na Banda.


"Entre 2003 e 2011 a música filarmónica não esteve nos meus planos. Basicamente gostava de tocar bateria por diversão, chegando por vezes a tocar nos saraus da escola. Eventualmente também comecei a dar uns toques na guitarra e no teclado do meu pai. Em 2011, fui assistir a um ensaio da banda, pois o meu primo João Francisco (clarinete) era já músico e queria-me puxar para a filarmónica. E nunca mais saí. Quando entrei na Filarmónica, a música passou a ser uma prioridade, chegando mesmo a pensar seguir profissionalmente esse caminho. Mas não o fiz, e não me arrependo, porque independentemente da minha vocação, tenho sempre a música - nem que seja só para aliviar a mente ou pelo convívio! E portanto, desde então que procuro sempre encaixar a música na minha vida. Por exemplo, quando fui viver para os Açores, a prioridade foi encontrar uma banda (que não foi difícil, considerando a panóplia de filarmónicas existentes em São Miguel). Acabei por ingressar na Banda Lira Nossa Senhora da Saúde (BNSS), a banda filarmónica dos Arrifes, a família que me acolheu na minha estadia de 3 anos. Apesar de já não estar lá, faço questão de dar uma mãozinha nos ensaios quando vou visitar a ilha. Há laços que nunca se perdem. Mais tarde, em 2018, para além da FCE, decidi explorar mais, e ingressei na Orquestra Académica da Universidade de Lisboa (OAUL), na percussão, e na VivanTuna - Tuna Mista da Faculdade de Psicologia e do Instituto de Educação -, onde aprendi a tocar bandolim, chegando a ser chefe de naipe. Assim, é exatamente nesses 3 polos musicais onde atualmente me insiro."



Qual o seu sentimento/relação com a Academia e com a Banda?


"Sinto um carinho muito especial pela Banda. Criei muitas amizades e cresci muito - como música mas essencialmente como pessoa. Neste mundo acabamos por conhecer muitas pessoas com histórias tão diferentes mas ao mesmo tempo tão semelhantes porque estão ali com o mesmo propósito. Desde 2017, tenho feito parte dos órgãos sociais, o que por um lado trouxe outro nível de responsabilidade e compromisso na Filarmónica, mas, por outro, muita satisfação por estar a contribuir para esta associação, sempre em conjunto com o João Ganhoteiro e com o Hugo Reis.

A minha passagem na Escola de Música da AFCE como aluna foi muito rápida, uma vez que entrei e, passados 2 meses, estreei-me na Banda. Antes da Escola de Música ser a atual Academia, fui convidada para a coordenação juntamente com o João Ganhoteiro. Foi uma experiência diferente, estar na organização do local onde aprendi música. Mais tarde, procedemos, com a Inês Calvet, à reestruturação da escola, que desde então passou a designar-se «Academia de Música da Ericeira». Este foi um outro desafio, até maior, porque era necessário criar algo mais inovador e de qualidade, simultaneamente não perdendo a essência do que é o ensino da música no contexto filarmónico. Este ano, voltei a abraçar o projeto, tendo aceite o convite para ser a Diretora-Geral da Academia."



O que destaca no seu percurso musical/artístico?


"Para ser fiel aos polos musicais por onde passei, destaco os momentos que melhor guardo na memória em cada um destes grupos. Da FCE, destaco a nossa chegada à Ericeira, com a Nossa Senhora da Nazaré, em 2017. Tínhamos feito o percurso por onde a imagem passa, no autocarro, a tocar o dia todo. Quando chegámos à Ericeira, um mar de gente estava a aguardar a chegada, e estávamos a tocar a Filarmonia, a minha marcha favorita. Foi um momento muito bonito, que nem tão cedo se tornará a repetir. Outro momento, foi o nosso último concerto de aniversário. Não foi a minha melhor performance, mas foi uma sensação ótima voltar a subir a palco depois de tanto tempo «parados». Com a VivanTuna, destaco o primeiro festival a que fui, na ilha Terceira, Açores, mas também o Festunas '19, o meu último festival de tunas antes da pandemia. Este teve um sabor especial, porque foi em casa, com um público familiar. Na BNSS, de tantos serviços, as festas do Senhor Santo Cristo dos Milagres são sempre especiais, tive a honra de participar várias vezes, e especialmente no ano em que fizemos a abertura das luzes, tocando o hino, e fazendo o concerto no Campo de S. Francisco. Mas também não posso deixar de mencionar a viagem à ilha Graciosa, uma experiência completamente diferente. Com a OAUL, evoluí imenso e é sempre muito prazeroso tocar variadíssimas obras complexas com uma alta qualidade, quando todos em cima do palco são amadores. Recordo um concerto em especial na Aula Magna, em que tocámos uma peça mais desafiante para mim, até porque eu não gosto de dar nas vistas, e o meu papel não passava despercebido. E foi uma sensação incrível quando no final, as filhas do compositor, que assistiram ao concerto, vieram-me congratular pela execução. Senti que todo o esforço tinha valido a pena, e tinha chegado a pessoas a quem esta obra dizia muito. Finalmente, destaco ainda dois concertos que fiz com o grupo 7 Saias, em substituição da Maria Campos. Foram experiências muito intensas, pois a responsabilidade é outra, mas foi incrível tocar naquele nível."



Está a trabalhar em algum projeto? Se sim conte-nos um pouco.


"Não sei se é segredo ou se posso divulgar, mas estou a colaborar na elaboração de um projeto da Associação Filarmónica Cultural Ericeira, que visa a inclusão social de crianças e jovens em risco através da cultura e, especificamente, da filarmonia. Penso que será um pequeno grande passo, que virá mostrar como a música, neste caso filarmónica, pode impactar muito positivamente a vida das pessoas."



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