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Criadores da Vila Azul - César Moreira

Rúbrica inspirada na homónima da AZUL - Ericeira Mag








Nome: César Moreira

Data de nascimento: 10/07/1978

Profissão atual: Professor de Inglês

Residência: Ericeira

Instrumento: Bombardino



Qual o instrumento que toca?


"Na filarmónica iniciei com trompa (clavicorne), mas só durou 6 meses. Fazia falta mais um bombardino na banda e o Sr. Freire, o professor que me formou, lá me convenceu... e em boa hora! Toco (ou tento tocar...) bombardino há 27 anos. Fora da filarmónica, ultimamente tenho andado a aprender ukelele, mas a falta de tempo não permite uma evolução digna desse nome. Cheguei a dar uma perninha na bateria, quando ainda existia a Orquestra Ligeira Mare Nostrum, mas foi só durante esse tempo."



Com que idade a música entrou na sua vida e como?


"Eu creio que a música, nomeadamente a música filarmónica, sempre fez parte da minha vida pois tanto o meu bisavô, o Honorato "ferreiro", como o meu avô, o Fernando "barbeiro", tocaram na banda. Corre no sangue da família!"



Como começou o seu percurso na Banda Filarmónica da Ericeira e com quantos anos?


"O meu percurso na filarmónica já começou de forma algo tardia, aos 15 anos. Já tinha iniciado a formação com uns 11 anos (nessa altura ainda iniciei no clarinete) mas depois desisti. Voltei a iniciar os estudos na filarmónica no início de 1993 e, em 6 meses, o Sr. Freire pôs-me a tocar na banda."



Conte um pouco da sua história na música/na Banda.


"A música sempre foi uma paixão e lembro-me de adorar ver e ouvir a banda nos concertos do Jogo da Bola. Eu vibrava com músicas como o Pop Show N.º 3 e 4 com alguns hits da altura. Havia também uma ligação afetiva muito grande pois o meu avô foi um dos fundadores da banda quando reiniciou a sua atividade em 1976, algo que sempre me deixou cheio de orgulho. Na altura, também o meu primo Egídio já lá tocava. Acabei por me estrear na banda no dia 6 de Agosto de 1993 junto com o meu irmão, o Paulo, e mais 7 outros iniciantes. Foi um grupinho castiço de caloiros e todos a tocar muito bem as suas pautas! O Sr. Freire deu-nos imenso nas orelhas mas pôs todos a cumprir o nosso papel como deve ser. Esta data coincidiu com o 1.º Festival de Bandas do Concelho de Mafra da CMM, que foi organizado pela nossa filarmónica. Foi um dia mesmo muito especial para mim pois não só estreámos uma farda nova, com a cor azul brilhante da Ericeira, como tive a oportunidade de ser apadrinhado pelo meu avô! Ele já não tocava há alguns anos mas o nosso maestro da altura, o João Menezes, convidou-o para tocar connosco no festival de bandas. Foi espetacular e ainda hoje emociono-me com a foto que tenho do meu avô com os três netos todos fardados!"



Qual o seu sentimento/relação com a Academia e com a Banda?


"É uma família, no fundo! Já são quase 28 anos a vestir esta farda ininterruptamente. Infelizmente já restam muito poucos do meu tempo, mas creio que também é importante continuar a transmitir aos mais novos tudo o que já passámos e vivemos lá. É uma casa de valores onde também aprendemos a importância da luta e até do sacrifício para manter viva a chama da cultura e do ensino da música na nossa vila. Foi graças aos que vieram antes de mim que tive oportunidade de aprender música, conhecer e apreciar esta arte, e sinto o dever de continuar a fazer isto pelos mais novos. Infelizmente não há tempo para uma maior dedicação e estudo... já lá vai o tempo em que lia qualquer partitura à primeira vista! Mas faz-se o que se pode! Hoje, apesar do ensino já não ser gratuito como no meu tempo, pois seria uma condição totalmente incomportável com as receitas que existem, não deixamos de ter preços muito inferiores ao que é praticado noutras escolas de formação. Além disso, temos uma academia devidamente organizada e estruturada além de professores especializados nos vários instrumentos. A médio/longo prazo isto trará benefícios para a filarmónica."



O que destaca no seu percurso musical/artístico?


"Não sou profissional, sou um filarmónico de gema e a maior parte da minha formação no bombardino foi realizado de forma praticamente autodidata. Mas gosto sempre de destacar os pontos altos que tivemos enquanto grupo na banda. Fomos a uma competição em Rastede, na Alemanha onde obtivemos excelentes prestações (2.º e 3.º lugar em provas de concerto e marcha); fomos aos Açores, num intercâmbio com a filarmónica da Madalena, no Pico; e há alguns anos, participámos num concurso de filarmónicas no Ateneu Vilafranquense, onde obtivemos um 4.º lugar. Mas o que deu gozo aqui foi todo o processo e trabalho que tivemos para lá chegar. Na altura, eu fazia parte da direção com o Alberto Sousa, o Pedro Pereira e a Maria José Santos. Além da nossa filarmónica, cheguei a tocar da banda dos bombeiros de Loures, onde cheguei a ir à Alemanha, Espanha e Açores; e também já dei uma perninha na banda da Enxara do Bispo. Já cantei em coros, como no Universidade Nova, algo que também me deu muito prazer. E continuo a cantarolar no chuveiro e com as filhotas!"



Está a trabalhar em algum projeto? Se sim conte-nos um pouco.


"Neste momento, o único projeto é estudar um pouco mais para cumprir melhor o meu papel na filarmónica a tocar bombardino. Além disso, motivar e acompanhar a filha mais velha que já começou a aprender oboé, o que também é um projeto de ENORME importância!"

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